12 de Junho – A origem foi o batuque, símbolo de afirmação e de resistência dos negros escravizados; há cem anos, já batizado de samba, essa riqueza trazida da África transformou-se na manifestação cultural que une todo o país. Para marcar a data, Arnaldo Godoy escolheu quatro figuras significativas do samba de BH, de diferentes origens e gerações, para homenagem na Câmara Municipal: Dóris do Samba, Aline Calixto, Fabinho do Terreiro e Mestre Conga, de 90 anos, pioneiro do samba-enredo e um dos fundadores da Escola de Samba Inconfidência Mineira (1950). Há muito o vereador reconhece o trabalho, entre as pessoas que contribuem para construir a identidade afetiva da cidade, de ativistas empenhados na promoção da igualdade racial, nas mais diversas áreas:

13 de Junho – Apesar de combatido diariamente pelos grandes barões da mídia, o Partido dos Trabalhadores continua a dar mostras de sua vitalidade e capacidade de renovação. Há alguns meses, o Restaurante do Ano, na Savassi, realiza a “Sexta Valente”, um papo reto de petistas e figuras da esquerda com os frequentadores. Agora, o Curim Bar, no bairro Santa Mônica, iniciou o projeto “Terça à Esquerda” com o objetivo de discutir problemas da região e também a política. Arnaldo foi convidado para um debate. “Para minha sorte, tinha que ser dia 13! Falamos do trabalho na Câmara Municipal, da reforma administrativa e dos desafios e dilemas do Brasil pós-golpe, temperados com um tira-gosto muito bom e uma cerveja honesta. Agradeço pelo convite”, disse.

16 de Junho – Na janela do feriado, uma programação movimentada. Arnaldo assistiu à surpreendente palestra do delegado carioca Orlando Zaccone, dentro da programação do 55º Congresso Nacional da UNE, que defende a desmilitarização das políticas públicas e a legalização da produção, do comércio e do consumo de todas as drogas feitas ilícitas. “Finalmente a proposta que defendo há tempos vem ganhando corpo em setores tradicionalmente conservadores. A violência é consequência da ilegalidade, como bem demonstrou a equivocada Lei Seca, que vigorou nos EUA dos anos 1930”, lembrou Godoy.

No início da noite, caminhada pelas ruas de BH e o show com diversos artistas pelas “Diretas Já”, que reuniu 40 mil pessoas na Praça da Estação. No evento organizado pela Frente Brasil Popular, Organização Povo Sem Medo, União Nacional dos Estudantes (UNE), participaram vários artistas mineiros.

na cultura, Mestre Conga, Tizumba, Tambolelê e Mozart do choro; nas políticas sociais, Nilma Lino Gomes, Macaé Evaristo e Marcos Cardoso; e na religião, com o recente reconhecimento das nações de religiosidade de matriz africana, representadas por dezenas de centros de Umbanda, Candomblé (Jêje. Angola e Ketu) e Omolocô, evento em parceria com o Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab).

A alegria cadenciou a noite, que contou com as presenças da Secretária Estadual de Educação Macaé Evaristo e da deputada Marília Campos. “Quem não gosta do samba, bom sujeito não é; ou é ruim da cabeça ou doente do pé”, brincou Godoy, citando um velho samba de Dorival Caymmi.

14 de Junho – Plenário lotado para a aprovação da reforma administrativa da PBH, um choque de gestão neoliberal promovido pelo prefeito Kalil. “Apesar do aspecto positivo de reduzir os cargos de confiança, fui contrário ao que transforma as regionais em meras ouvidorias, autoriza o prefeito a criar subsecretarias por decretos, extingue equipamentos públicos, principalmente na cultura (também por decreto) e fragiliza a participação popular nos conselhos. É muito poder nas mãos de um administrador”, observou Arnaldo Godoy. Durante a sessão, a manifestação nas galerias de grupos contrários à aprovação do Conselho Municipal dos Direitos LGBT, outro tema na pauta. “Mesmo com a argumentação de que não geraria custo, a proposta foi rejeitada com tal virulência, que me preocupa os rumos que a intolerância vem tomando no país. Ainda bem que as paradas do Orgulho LGBT continuam a atrair multidões. Ninguém tem o direito de determinar como as pessoas devem viver a suas vidas”, avaliou.

26 de junho – O Centro de Referência da Juventude, na Praça da Estação, realiza um encontro para alinhar lideranças juvenis na divulgação do Identidade Jovem (ID Jovem), programa instituído em 2015 pela presidenta Dilma, que possibilita o acesso de milhões de brasileiros, entre 15 e 29 anos, aos benefícios de meia-entrada em eventos artístico-culturais e esportivos e também a vagas gratuitas ou com desconto no sistema de transporte coletivo interestadual, conforme disposto no Decreto Federal 8.537/2015. Segundo o IBGE, 1,4 milhão de mineiros têm direito ao benefício. A reunião, que contará com a presença de consultores da Unesco, será 14h. Borá lá!!!

29 de junho – Por solicitação de seu presidente, Arnaldo Godoy, a Comissão Especial que estuda o Genocídio da Juventude Negra de BH realiza uma audiência pública para discutir os trabalhos e desdobramentos da CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobres, realizada em 2015 na Câmara dos Deputados. Segundo Godoy, a experiência de Brasília, que será relatada pelo assessor parlamentar Reinaldo Gomes, pode fornecer metodologia e recomendações importantes a serem aplicadas pela Câmara de BH. A audiência será 15h, no Plenário Helvécio Arantes.